Curiosamente tenho a chance de resenhar sobre um livro e um filme ao mesmo tempo. Comprei o livro Comer, Rezar e Amar na livraria da rodoviária numa das minhas idas e vindas quando dividia a minha vida entre duas cidades. Me atraía o título, que tinha visto em diversas prateleiras e o marco na capa de que milhões já haviam o lido. Estava em um dia em que eu precisava ler algo e entrei despretenciosamente na livraria. Pulei a parte de revistas e fui pra de livros, foi o primeiro livro que peguei e li as orelhas, fazia muito sentido com o que eu estava vivendo no momento. Comprei. Não li da mesma forma voraz e afobada que li Marian Keyes, mas li como se cada página fosse uma espécie de interiorização e desabafo, como se nós que existiam dentro de mim estivessem desatando-se ao longo da leitura e posso sim dizer que o livro mudou a minha vida.
Em Comer, Rezar e Amar, Elizabeth Gilbert narra sua difícil decisão de terminar seu casamento e ir viajar durante um ano para três países que, coincidentemente, começam com a letra I: Itália, Índia e Indonésia, para fazer uma lavagem espiritual, ficar de bem com ela mesma e encontrar seu "Deus interior". O livro é muito bem escrito, de forma que parece que a autora está sentada conversando comigo pessoalmente e ambas compartilhamos momentos de alegria e tristeza. Eu consegui sentir tristeza quando ela estava triste e felicidade quando ela estava alegre, é de mergulhar nos sentimentos mesmo!
Como eu também estava passando por uma fase na qual buscava melhorar e mudar, senti uma proximidade com as situações. Para quem está vivendo uma fase de mudanças ou está sufocada com a vida que está vivendo, é libertador.
O Filme. Como toda adaptação de livro nunca fica do jeito que a gente quer, esse não seria excessão. O filme corta muito do sofrimento que a Liz passou até decidir viajar, então o público pode achar que ela é uma maluca egoísta. Mas o filme não tira a essência das descobertas e delícias dela, além das frases bonitas e lições de vida, mesmo não tendo colocado uma das minhas colocações favoritas ditas pelo cara do Texas no Ashram, na Índia, algo do tipo: Deus existe dentro de você, então pare de procurar respostas no mundo e volte ao seu centro, procure respostas dentro do seu coração. Não achei o filme ruim, de modo que assistirei mais vezes, mas certamente o livro é muito melhor e mais profundo.
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